O manejo da via aérea em neonatos apresenta grandes desafios, devido as diferenças anatômicas e fisiológicas
O manejo da via aérea em neonatos, ou seja, pacientes entre 0 e 28 dias, apresenta grandes desafios, devido as diferenças anatômicas e fisiológicas.
A maioria das diferenças são relacionados aos tamanhos das estruturas da via aérea, que podem dificultar o alinhamento dos eixos laríngeo, faríngeo e oral para realização de uma intubação orotraqueal.
Veja algumas diferenças anatômicas principais que ocorrem entre os neonatos e adultos:
- Crânio maior que o corpo;
- Língua maior que a cavidade oral;
- A epiglote é angulada sobre a entrada laríngea;
- A epiglote é proporcionalmente mais longa e em formato de “U” invertido ou ômega.
- O eixo da entrada laríngea é angulado anteriormente, sendo direcionado para a base da língua;
- A laringe tem posicionamento superior, com posição relativa as cordas vocais em C3;
- A porção mais estreita da laringe é a cartilagem cricóide;
- As dobras ariepiglóticas são mais próximas da linha média e podem obstruir a visão das cordas vocais;
- O conjunto das aritenóides, cartilagens corniculada e cuneiforme são maiores que a entrada da larínge;
- O angulamento da comissura anterior é para fora da entrada laríngea;
- Cartilagens laríngeas flexíveis são mais sujeitas a compressão na manipulação laríngea externa.
Alterações fisiológicas em neonatos
Os volumes pulmonares dos neonatos são desproporcionalmente menores em relação ao tamanho corpóreo e sua taxa metabólica. Isso resulta em grandes aumentos de requerimentos ventilatórios por unidade de volume pulmonar e aumento da frequência respiratória para suprirem essa demanda.
Por isso, a resistência das vias aéreas e extratorácicas é maior devido ao calibre reduzido de subdivisões medianas e da passagem nasal. Além disso, o neonato tem um menor tempo de apneia durante manipulação de via aérea.
A intubação
Assim como qualquer outro paciente, é importante que antes da intubação seu histórico clínico seja avaliado, para diminuir os riscos.
As ferramentas e os equipamentos específicos devem já estar disponíveis e preparados para o procedimento, como a sonda de aspiração funcionante, máscara facial, laringoscópio, lâminas extras testadas, tubos de tamanhos variados, seringas, cânulas orofaríngeas e dispositivos supraglóticos de resgate.
A maioria das intubações neonatais ocorre dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal ou na sala de parto. Quando uma via aérea difícil é antecipada, é recomendado o transporte do paciente para o Centro Cirúrgico.
As técnicas essenciais para o manejo da via aérea dos recém-nascidos incluem: ventilação por máscara facial, utilização de dispositivos supraglóticos e intubação orotraqueal. Além da preparação dos equipamentos é necessário o posicionamento correto do paciente antes do início do procedimento.
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